Share |

Bloco de Esquerda quer mais e melhor mobilidade no concelho de Loures

Câmara Municipal de Loures foi instada, pela Assembleia Municipal, a negociar com Câmara Municipal de Lisboa o alargamento da oferta da Carris no concelho.

Na última sessão da Assembleia Municipal de Loures, decorrida a 8 de junho, o Bloco de Esquerda fez aprovar uma moção em defesa de mais e melhor mobilidade no concelho de Loures,  que identifica na extensão da rede do Metropolitano a Santo António dos Cavaleiros, Loures e Infantado e a Portela e Sacavém e no alargamento do serviço de transporte público rodoviário da Carris prioridades absolutas.  

A moção mereceu os votos favoráveis de todas as bancadas, à exeção do MRPP que votou contra.

Recomendação

Mais e melhor mobilidade no concelho de Loures

A mobilidade é uma componente fundamental e inseparável do planeamento do território. Loures é um concelho atravessado por algumas das maiores vias de comunicação do país, mas os seus habitantes sacrificam todos os dias muito tempo e disponibilidade em nome de várias opções erradas e projetos permanentemente adiados.

Os transportes públicos são caros e escassos: as ligações entre diferentes pontos do concelho são quase sempre mais difíceis do que as deslocações para Lisboa. É assim que milhares de pessoas, obrigadas a longos movimentos pendulares diários, são quase sempre atiradas para a alternativa do transporte privado e individual. Quem não pode, paga com a falta de mobilidade.

A extensão da rede de Metro de forma satisfatória ao concelho de Loures é um projeto adiado, entre promessas várias, há mais de três décadas. Infelizmente, o mais recente plano de expansão, apresentado recentemente pelo Governo do Partido Socialista e pela administração do Metropolitano de Lisboa, ao insistir no adiamento, volta a desiludir e a virar as costas às populações do concelho de Loures. Uma opção errada, que os cidadãos do concelho continuarão a ver vertida em perda de qualidade de vida e mobilidade e em aumento da pegada ecológica e da poluição atmosférica e ambiental

Por outro lado, o grupo Barraqueiro, que domina também a Rodoviária, tem uma posição dominante na rede dos transportes coletivos rodoviários no concelho, o que, ao longo dos anos, tem prejudicado os milhares de utentes que têm nos autocarros o seu único meio de transporte: as linhas e a frequência são insuficientes e limitados, o preço dos passes é elevado e diferenciado entre empresas, apesar de serem todas propriedade do grupo Barraqueiro, e a qualidade das viaturas deixa muito a desejar em matéria de conforto.

Só uma efetiva alternativa pública pode responder às expetativas das populações das diversas freguesias do concelho de Loures e, ao não estar subjugada à lógica do lucro, oferecer tarifas e passes sociais a valores socialmente justos.

Assim, a Assembleia Municipal, reunida aos 8 dias de junho, delibera:

1 - Exigir junto do XXI Governo Constitucional a inclusão do concelho de Loures no plano de extensão da rede de Metropolitano, nomeadamente as linhas de Santo António dos Cavaleiros, Loures e Infantado e de Portela e Sacavém;

2 - Recomendar à Câmara Municipal de Loures que encete negociações com a Câmara Municipal de Lisboa para o alargamento do serviço de transporte público rodoviário da Carris ao concelho de Loures;

3 - Recomendar ao XXI Governo Constitucional a realização de obras tendo em vista o melhoramento dos acessos da Estrada Nacional 10 à Segunda Circular em Sacavém e a saída da Autoestrada 1 em São João da Talha.  

4 - Aprovar esta recomendação em minuta, proceder à sua remessa à Camara Municipal de Loures, à administração do Metropolitano de Lisboa, à Assembleia da República, ao Ministro do Ambiente, ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, aos grupos parlamentares e ao Presidente da República.