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Bloco confronta Ministro da Educação com infiltrações no Pavilhão da Escola Secundária da Portela

Deputado bloquista Luís Monteiro perguntou, face ao empurrar de responsabilidades entre a Câmara de Loures e o Ministério da Educação, quem vai resolver o problema. 

O deputado do Bloco de Esquerda, Luís Monteiro, confrontou hoje, na Assembleia da República, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, com o facto de chover dentro do Pavilhão Desportivo da Escola Secundária da Portela, o que tem impedido a prática normal das aulas de educação física.

Luís Monteiro perguntou, face ao empurrar de responsabilidades entre a Câmara de Loures e o Ministério da Educação, “quem vai resolver o problema”?

Falando na Comissão de Educação e Ciência, o deputado bloquista alertou ainda o ministro para o facto de o pavilhão ser ainda o local onde as equipas de futsal da Associação de Moradores da Portela treinam e jogam, pelo que a situação já levou à interrupção, adiamento de jogos oficiais e pagamento de multas.

No passado dia 26 de junho, a deputada do Bloco de Esquerda, Joana Mortágua, já havia visitado as instalações da Escola Secundária da Portela (Arco-Íris) para se acercar dos problemas na cobertura do pavilhão gimnodesportivo daquela unidade escolar.

Recorde-se que, na sequência de uma interpelação do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda ao Governo, no passado dia 25 de maio, o Ministério da Educação mostrou toda a disponibilidade para efetuar as reparações necessárias na cobertura do pavilhão da Escola Secundária da Portela, mas que, até à data, nada ainda foi feito.

O pavilhão tem deficiências estruturais graves e danos na cobertura, o que impede a prática normal das aulas de educação física. Além disso, é o local onde as equipas de futsal da Associação de Moradores da Portela treinam e jogam, pelo que a situação já levou à interrupção e adiamento de jogos oficiais.

Autarquia sempre negou responsabilidades

A direção da Escola Secundária da Portela defende existir um protocolo entre a escola e a autarquia para a gestão do equipamento, fruto de uma parceria antiga entre a Câmara Municipal de Loures e o Ministério da Educação. Um protocolo que, segundo a escola, está a ser debatido desde dezembro de 2016, com vista à sua renovação.

Por sua vez, a Câmara nega a existência de qualquer protocolo ou gestão partilhada do pavilhão da Escola Secundária da Portela, remetendo a responsabilidade das reparações para o Ministério da Educação.

Na ausência de investimentos estatais e de atuação autárquica, os adeptos do futsal da Portela poderão, a qualquer altura, deixar de poder ver as suas equipas a jogar na freguesia, por falta de um pavilhão que cumpra as condições mínimas exigidas pela Associação de Futebol de Lisboa e pela Federação Portuguesa de Futebol.

Face a esta situação, o Bloco de Esquerda lamenta a inércia e falta de sensibilidade da Câmara Municipal de Loures para esta situação. Mais ainda, considera que é dever de qualquer autarquia colocar-se ao lado dos seus munícipes, independentemente das freguesias a que pertençam e da sua cor política, tentando arranjar soluções para os problemas e não transferi-los para outros, “sacudindo a água do capote”.

O Bloco insta ainda a autarquia a fazer um levantamento dos danos no pavilhão gimnodesportivo da Escola Secundária da Portela e a solicitar orçamento para custear a obra, procurando de seguida uma solução que permita financiá-la.

Não é justo que equipas com enorme tradição no futsal do concelho – incluindo a presença na última final-eight da Taça de Portugal - e uma história de conquistas riquíssima a nível nacional se vejam agora obrigadas a ter de jogar noutra freguesia, longe das suas gentes e adeptos, apenas porque há um pavilhão que necessita de obras urgentes e não existe uma solução para financiar a obra.