Loures, 13 de dezembro de 2024
O Bloco de Esquerda abandonou ontem à noite os trabalhos da Assembleia Municipal de Loures, em protesto contra a recusa insistente do executivo em responder sobre a situação dos moradores das Marinhas do Tejo.
No dia 12 de dezembro, cerca de 100 moradores das Marinhas do Tejo, na freguesia de Santa Iria da Azóia, São João da Talha e Bobadela, foram alvo de uma ameaça de despejo por parte da Câmara Municipal de Loures. Aquelas famílias foram avisadas com apenas 48 horas de antecedência e sem qualquer alternativa habitacional por parte do executivo de Ricardo Leão.
A deputada municipal do Bloco, Rita Sarrico, interpelou a Assembleia questionando, por várias vezes, quais as soluções que a autarquia tem para aquelas famílias e se os despejos iriam efetivamente concretizar-se e se os moradores teriam de ficar a dormir debaixo do viaduto.
Quanto questionada sobre o que iria acontecer àquelas famílias no dia seguinte, Sónia Paixão, vereadora com o pelouro da Habitação, recusou responder.
Na ausência de soluções, representantes dos moradores fizeram-se ouvir, exigindo respostas. No momento, Susana Amador, presidente da Assembleia Municipal de Loures, interrompeu os trabalhos, alegando falta de condições para continuar a reunião.
O Bloco de Esquerda abandonou os trabalhos juntamente com os moradores em protesto contra a falta de respostas e ameaças da Câmara.