O Bloco de Esquerda desafiou o Governo a comprometer-se com a inscrição do alargamento do Metropolitano de Lisboa para os concelhos de Loures e Oeiras no próximo quadro comunitário.
Durante uma audição, a semana passada, no parlamento, o ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, adiantou que “estarão em estudo projetos para a expansão do metro para as zonas norte e oriental do concelho de Loures”, e que o Governo estará pronto para lançar, em outubro ou novembro, caso haja financiamento, a expansão da Linha Vermelha de São Sebastião a Alcântara-Alto de Santo Amaro, com passagem pelas Amoreiras, Campo de Ourique e Infante Santo.
Numa pergunta enviada ao ministério da tutela, e à qual a agência Lusa teve acesso, os bloquistas referem que, além da expansão da Linha Vermelha, o governante adiantou ainda à comunicação social que “está a ser feita a avaliação da extensão, sempre comparando com o metro ligeiro elétrico rápido (ou BRT), que vai de Alcântara, Alto de Santo Amaro, Ajuda, Miraflores, Linda-a-Velha e Cruz Quebrada”.
“Em qualquer dos casos, a expansão da rede do metro para os concelhos limítrofes, a oriente, Loures, e a ocidente, Oeiras, implicará avultados investimentos”, adverte a mesma pergunta.
Assim, para os deputados do Bloco, “à imagem do que aconteceu com a denominada linha circular, inscrita no mais recente quadro comunitário, também este investimento deve poder beneficiar de fundos da União Europeia para comparticipar a obra”.
Os bloquistas perguntam, por isso, ao Governo se está “pronto a comprometer-se com a inscrição da obra de alargamento da rede do metropolitano para os concelhos de Loures e Oeiras no próximo quadro comunitário”.
“Quando serão tomadas as medidas e acionados os procedimentos para que essa inscrição possa ser efetuada?”, questiona ainda.
O ministro do Ambiente disse, em 12 de maio, no parlamento que o Governo estará pronto para lançar a expansão da Linha Vermelha do metro de Lisboa em outubro ou novembro se houver financiamento.
João Matos Fernandes respondia a questões dos deputados, a pedido do PAN, sobre a opção pela linha circular do metropolitano, cujo concurso para ligar as estações do Rato e Santos foi assinado esta semana, no valor de 48,6 milhões de euros.
"A Linha Vermelha é, de todas as linhas que constam do plano de expansão do metro Lisboa, aquela tem estudos mais avançados. Repito: se a conseguirmos financiar, e eu não tenho qualquer indicação neste momento de que isso seja possível, farei tudo para que seja possível", afirmou, salientando, contudo, que isso só será possível caso venha a existir "um pacote financeiro da União Europeia para estimular a economia", no âmbito do combate à crise financeira causada pela covid-19.
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