Bloquistas assumem compromisso com reposição dos direitos de quem trabalha e manifestam estranheza pela posição da administração, tendo em conta atuação da CDU no Parlamento. Grevistas querem ver cumprido acordo de empresa em vigor.
O Bloco de Esquerda de Loures apoia e manifesta a sua total solidariedade para com a greve dos trabalhadores da Gesloures marcada para esta sexta-feira, 19 de outubro. Tal como tem vindo a fazer através dos seus representantes na Assembleia Municipal de Loures, o Bloco assume a defesa integral dos direitos dos trabalhadores da Gesloures face à intransigência da administração daquela empresa municipal.
“O Bloco assume o seu firme compromisso para com a reposição dos direitos de quem trabalha, seja na Assembleia da República, seja na Assembleia Municipal de Loures ou em qualquer uma das Assembleias de Freguesia deste concelho e de qualquer outro”, defende Fabian Figueiredo, dirigente nacional do Bloco de Esquerda e candidato à Câmara Municipal de Loures nas últimas autárquicas.
“Não podemos defender certos princípios quando estamos sentados no Parlamento e depois agir em sentido contrário quando assumimos cargos de poder em autarquias locais”, avança o responsável.
“Lamentavelmente, é a isso que estamos a assistir em Loures, onde uma autarquia liderada por um partido que se diz de esquerda e defensor dos trabalhadores assume posições contrárias àquilo que argumenta na Assembleia da República”, sustenta Fabian Figueiredo.
A greve dos trabalhadores da Gesloures foi marcada pelo CESP – Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal -, afeto à CGTP, e estende-se a todas as instalações daquela empresa municipal.
Os trabalhadores da Gesloures avançaram para a greve após a recusa da administração, a cargo do vice-presidente do executivo CDU na autarquia, em cumprir o acordo de empresa em vigor e as obrigações legais decorrentes da aplicação das leis nº 42/2016, de 28 de dezembro, e nº 114/2017 de 28 de dezembro.
A luta dos trabalhadores da Gesloures arrasta-se há vários meses. Recentemente, os trabalhadores da Gesloures viram satisfeita uma das suas reivindicações, que passava pelo pagamento das horas extraordinárias referentes a 2016, 2017 e 2018.