Pais, alunos e professores da Escola Secundária da Portela e da EB 2,3 Gaspar Correia manifestam-se a 20 de março contra o estado de degradação daqueles estabelecimentos de ensino.
A Associação de Estudantes da Escola Secundária da Portela, no concelho de Loures, convocou uma manifestação para o próximo dia 20 de março, pelas 9h45, em frente ao portão da escola, para demonstrar o desagrado dos alunos face ao estado de degradação deste estabelecimento de ensino e também da EB 2,3 Gaspar Correia.
Simbolicamente, os manifestantes utilizarão durante o protesto uma peça de roupa preta. Serão ainda colocadas faixas negras nas fachadas das escolas.
A iniciativa, que conta com o apoio da direção, dos pais e dos professores de ambos os estabelecimentos de ensino, surge na sequência de uma petição lançada há semanas a exigir a realização de obras urgentes naquelas escolas. O documento, que já reuniu mais de 3400 assinaturas, pode ser assinado em http://peticaoescolasportela.org
A comunidade escolar alerta que as escolas EB 2,3 Gaspar Correia e Secundária da Portela (Arco-Íris), frequentadas por mais de 1.900 alunos, do 5º ao 12º ano, encontram-se em elevado estado de degradação, necessitando de obras de fundo, que são urgentes a vários níveis.
“Os problemas são inúmeros e foram reconhecidos no mais recente relatório da Delegada de Saúde do concelho de Loures”, frisam.
No que respeita à Escola Básica 2,3 Gaspar Correia, existe “um conjunto muito grande de deficiências a carecerem de urgente resolução”, entre as quais se destaca, “pela sua perigosidade, o revestimento da cobertura dos pavilhões e das passagens cobertas entre estes ser em fibrocimento, contendo amianto, e o mesmo se encontrar degradado”.
A degradação nos dispositivos de drenagem das águas pluviais (caleiras), que se tem vindo a traduzir em infiltrações nos edifícios, bem como a inexistência de iluminação de emergência e de sinalização de segurança, são outras das deficiências a colmatar.
Também a Escola Secundária da Portela (Arco-Íris) apresenta “fibrocimento degradado no revestimento da cobertura dos pavilhões e nas passagens entre pavilhões”.
A comunidade escolar assinala ainda os problemas a nível do pavimento e escadas, que apresentam zonas com desníveis e em mau estado de conservação, e da instalação elétrica, com a existência de fios elétricos desprotegidos.
“Não existe sistema de aquecimento nas salas de aula nem plano de higienização do edifício escolar”, denuncia, avançando ainda que “o pavilhão gimnodesportivo apresenta um conjunto de deficiências graves que necessitam de ser supridas em virtude de ter infiltrações de água das chuvas com a consequente degradação do edificado e, no interior, dos pisos e equipamentos”.