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Bloco Loures pede ação urgente da autarquia para reparar pavilhão da Portela

Pavilhão da Portela, Loures

Uma das equipas sensação da Taça de Portugal 2017 em futsal, cuja “final eight” começa esta quinta-feira a disputar-se em Gondomar, está em risco de não ter pavilhão para jogar ou treinar na próxima época. Tudo porque o pavilhão da Escola Secundária da Portela precisa de obras urgentes e a autarquia nega responsabilidades. O Bloco de Esquerda Loures defende que uma autarquia deve estar ao lado dos seus munícipes e defender o património cultural e desportivo do concelho, exigindo uma ação urgente da Câmara de Loures para reparar o pavilhão.

A equipa sénior de futsal da Associação de Moradores da Portela (AMP) começa esta quinta-feira, 11 de maio, o sonho de tentar chegar à final da Taça de Portugal naquela modalidade, o que, a acontecer, será um feito inédito na história daquela associação do concelho de Loures. A AMP defronta o Viseu 2001, numa “final eight” onde, além da Portela e do clube de Viseu, estão as equipas do Modicus, Burinhosa, Estoril-Praia, Sporting CP e SL Benfica. A prova disputa-se em Gondomar e a final decorre no próximo domingo, 14 de maio.

Apesar de continuar a somar sucessos desportivos com um orçamento muito inferior a clubes do mesmo escalão, o futsal da Associação de Moradores da Portela está em risco de ficar sem pavilhão para treinar e jogar já na próxima época. Tudo porque o pavilhão gimnodesportivo da Escola Secundária da Portela tem graves problemas de infiltrações de água quando chove.

“Defeitos na construção original terão estado na génese do problema, que este ano foi agravado pelas fortes chuvadas do Inverno”, escreve o jornal de Moscavide e Portela (MP) na sua edição de abril. “Além de prejudicar as aulas de educação física, as infiltrações têm provocado o adiamento de jogos das equipas de futsal da Associação de Moradores da Portela e levado ao pagamento de pesadas multas”, adianta aquele jornal.

A direção da Escola Secundária da Portela defende existir um protocolo entre a escola e a autarquia para a gestão do equipamento, fruto de uma parceria antiga entre a Câmara Municipal de Loures e o Ministério da Educação. Um protocolo que, segundo a escola, está a ser debatido desde dezembro de 2016, com vista à sua renovação.

Por sua vez, a Câmara nega a existência de qualquer protocolo ou gestão partilhada do pavilhão da Escola Secundária da Portela, remetendo a responsabilidade das reparações para o Ministério da Educação.

Na ausência de investimentos estatais e de atuação autárquica, os adeptos do futsal da Portela poderão, já na próxima época, deixar de poder ver as suas equipas a jogar na freguesia, por falta de um pavilhão que cumpra as condições mínimas exigidas pela Associação de Futebol de Lisboa e pela Federação Portuguesa de Futebol.

Face a esta situação, o Bloco de Esquerda Loures lamenta a inércia e falta de sensibilidade da Câmara Municipal de Loures para esta situação. Mais ainda, considera que é dever de qualquer autarquia colocar-se ao lado dos seus munícipes, independentemente das freguesias a que pertençam e da sua cor política, tentando arranjar soluções para os problemas e não transferi-los para outros, “sacudindo a água do capote”.

O Bloco de Esquerda Loures insta ainda a autarquia a fazer um levantamento dos danos no pavilhão gimnodesportivo da Escola Secundária da Portela e a solicitar orçamento para custear a obra, procurando de seguida uma solução que permita financiá-la.

Não é justo que equipas com enorme tradição no futsal do concelho e uma história de conquistas riquíssima a nível nacional se vejam agora obrigadas a ter de jogar noutra freguesia, longe das suas gentes e adeptos, apenas porque há um pavilhão que necessita de obras urgentes e não existe uma solução para financiar a obra.

O Bloco de Esquerda Loures recorda que, nos últimos meses, a autarquia investiu largas centenas de milhares de euros em obras de requalificação em várias freguesias do concelho, que curiosamente estarão concluídas pouco antes das próximas eleições autárquicas de outubro.

Não sobrariam uns poucos milhares para reparar a cobertura de um pavilhão escolar?