Stº. Antº. dos Cavaleiros e Frielas: Tomada de posse da Assembleia de Freguesia

No dia 26 de outubro teve lugar no Centro Comunitário de Frielas, a instalação da nova Assembleia de Freguesia da U.F. de Santo António dos Cavaleiros e Frielas. Na mesma sessão foi empossado o executivo que irá dirigir a Junta de Freguesia nos próximos quatro anos.

Das eleições de 1 de outubro resultou uma assembleia de freguesia em que o PS foi o partido mais votado, mas sem maioria absoluta. O PS obteve 8 dos 19 mandatos. A CDU, segunda força mais votada, ficou com seis eleitos na assembleia. O PSD é a terceira força política, elegendo quatro elementos. O Bloco de Esquerda subiu a sua votação, renovando o mandato, conseguindo assim, reeleger um elemento.

Num pavilhão repleto de cidadãos e cidadãs, o PS assegurou a gestão da freguesia, até 2021, sob a presidência de Glória Trindade. A mesa da assembleia é contituida por três elementos da CDU.

Manuel Silvestre Gago eleito do Bloco de Esquerda para a Assembleia de Freguesia, na sua intervenção de tomada de posse, fez questão de lembrar que “Pela confiança de quem votou no Bloco, estaremos, na Assembleia de Freguesia, lutando por uma vida melhor para todos e todas, com todos e todas. Em Santo António dos Cavaleiros e Frielas, as nossas vozes fazem e farão a diferença.

Se há desafios que pensamos ser necessários, é o desafio da cultura e das mentalidades. A freguesia da cultura, a freguesia que acredita e promove a acção das suas gentes é a nossa freguesia.

“Contem com o Bloco, porque não vamos mudar de prioridades nem de atitude. Continuaremos a ser tão úteis e tão incómodos como até aqui.

Aqui estamos, prontos para abraçar mais esta responsabilidade. Olhos nos olhos, repetimos: contem connosco. O Bloco é a esquerda que não desperdiça nenhuma confiança que nele depositam tantos homens e mulheres”, afirmou o eleito ao terminar a sua intervenção.

Podes ler a intervenção completa abaixo:

Quero, em nome da candidatura do Bloco de Esquerda saudar, em primeiro lugar todos os cidadãos e cidadãs de Santo António dos Cavaleiros e Frielas, destinatários finais da nossa atividade autárquica. Quero também saudar os eleitos para a Assembleia de Freguesia da União das Freguesia de Santo António dos Cavaleiros e Frielas, bem como para a Junta de Freguesia.

Não posso deixar de saudar ainda, todas e todos os cidadãos e cidadãs que deram corpo e rosto como candidatos às listas do Bloco de Esquerda, que contribuíram para a afirmação de um projeto político, numa campanha pela positiva.

Sendo a Assembleia de Freguesia, por força das suas competências legais, o principal órgão fiscalizador do Executivo da Junta, a sua dignificação e valorização exige que a sua ação, ainda que seja o seu principal papel, não se resuma ao de mero fiscal, retirando-lhe a capacidade de agente dinamizador e impulsionador de desenvolvimento local e fórum de debate alargado de ideias e de clarificação sobre as alternativas e sobre todos os temas que dizem respeito à freguesia, que reclama todo o empenho de quem nela participa.

Tal como foi nossa postura durante os últimos mandatos, continuaremos a contribuir para que na Assembleia de Freguesia,  não se deixe transmitir a ideia, de que se limita unicamente, na aprovação fiel e monótona, de todas e quaisquer propostas do Executivo, imperando o amorfismo de muitos dos seus membros, agravado com a rara participação dos cidadãos que assistem às sessões plenárias ou que nelas participam.

Que contamos nós, moradores desta freguesia, para a vida da comunidade?

Onde está o sentir da comunidade enquanto tal? Onde e como se constrói a entreajuda entre as pessoas da comunidade? Onde é que as pessoas contam, enquanto pessoas, não enquanto consumidores? Onde está o sentido de pertença?

A política deve dar resposta a estas interrogações, por isso neste mandato agora iniciado temos uma linha política que quer fazer a diferença.

Por isso nos oporemos à desumanização da freguesia. Por isso nos oporemos ao urbanismo desenfreado, ao abandono em que são votados os mais fracos, os idosos, os pobres, os desempregados e os excluídos. Por isso nos oporemos à destruição do meio ambiente.

A freguesia da especulação imobiliária, dos interesses mesquinhos, é a freguesia que forma exclusão, que esquece os deficientes e a sua mobilidade, que esquece os passeios, os caminhos pedonais e cicláveis, que esquece os transportes públicos ao serviço das necessidades das pessoas, que esquece os espaços verdes nas urbanizações e os lugares de confraternização entre vizinhos.

A freguesia da especulação imobiliária é a freguesia que esquece as pessoas.

Eu, como eleito pelo Bloco de Esquerda, proponho uma outra freguesia, uma outra modernidade, mais democrática, mais humana e mais participada.

Pugno por uma freguesia das pessoas, onde estas podem e devem assumir responsabilidades para com o seu futuro colectivo e individual.

Uma freguesia que construa de forma participativa o seu orçamento e faça as escolhas determinantes em prol da qualidade de vida. Uma freguesia de participação é muito mais do que uma freguesia onde se vota de quatro em quatro anos. Queremos uma freguesia que dinamize o associativismo e que lute para que os idosos e as crianças não sejam problemas, mas sim soluções!

Uma freguesia que conquiste as pessoas para a prática desportiva, recreativa e cultural, que faça das ruas e das praças, lugares de convívio e de animação.

A freguesia que queremos estar a construir, generosa e solidária, é uma freguesia de alegria e confiança, mas não está feita nem tem receita. É feita de gente como nós, que erra e acerta, e aprende fazendo e pensando melhor. Requer rumo certo e mão firme, persistência e tolerância, ponderação e audácia, equilíbrio e coragem.

Este caminho não começou hoje, nem acabará agora. Desde a sua fundação, o Bloco de Esquerda escolheu sempre atender à chamada nas eleições autárquicas. Apresentamos listas e propostas, queremos verdade e transparência, e políticas certas hoje para um futuro de consequências muito melhores, democrático, livre e diverso, digno, solidário, generoso e feliz.

Pela confiança de quem votou no Bloco, estaremos, na Assembleia de Freguesia, lutando por uma vida melhor para todos e todas, com todos e todas. Em Santo António dos Cavaleiros e Frielas, as nossas vozes fazem e farão a diferença.

Se há desafios que pensamos ser necessários, é o desafio da cultura e das mentalidades. A freguesia da cultura, a freguesia que acredita e promove a acção das suas gentes é a nossa freguesia.

É a freguesia inclusiva, da solidariedade, que respeita os imigrantes e os direitos humanos, é a freguesia onde todas as crianças tenham lugar numa creche a preços socialmente justos.

A nossa freguesia é uma freguesia de transparência e de exigência participativa. É uma freguesia de diálogo entre todas as pessoas e comunidades, independentemente da sua etnia, dos seus credos ou convicções. Recusaremos no entanto qualquer tipo de acordo ou entendimento com partidos da direita, PSD. Não o faremos, porque não seria sério e honesto pactuar com quem tem um programa, uma visão da sociedade, da economia e do meio ambiente diametralmente oposta da nossa. Os problemas e os desafios vencem-se indo pela esquerda e não pactuando com uma direita xenófoba e racista.

Esta freguesia é a freguesia onde as pessoas contam!

O Bloco é uma força política com vocação para o diálogo e para a construção de pontes para concretizar políticas e soluções à esquerda, que sirvam e melhorem a vida dos cidadãos.

Contem com o Bloco de Esquerda na Assembleia de Freguesia de Santo António dos Cavaleiros e Frielas para os temas mais difíceis mais exigentes, para as perguntas e propostas que não deixaremos nunca de fazer. Aqui estaremos para denunciar problemas e propor soluções.

Contem com o Bloco, porque não vamos mudar de prioridades nem de atitude. Continuaremos a ser tão úteis e tão incómodos como até aqui.

Aqui estamos, prontos para abraçar mais esta responsabilidade. Olhos nos olhos, repetimos: contem connosco. O Bloco é a esquerda que não desperdiça nenhuma confiança que nele depositam tantos homens e mulheres.

Cá estaremos, como sempre, ao lado dos cidadãos, porque é isso que nós somos, como a maioria... simplesmente cidadãos e cidadãs.

Finalmente termino desejando a todos e todas, bom trabalho!

Frielas, 26 de Outubro de 2017

Manuel Silvestre Gago